domingo, 30 de novembro de 2008

Antonio Roxoroiz de Belfort

PRÍNCIPE DE BELFORT
DUQUE DE BELFORT
Dados Biográficos
Nascido por volta de 1860.
Árvore de Costados
Filho de Antonio Manoel Rodrigo Roiz e de Dona Maria Teresa Belfort Roxo. Neto materno de José Rodrigues Roxo e de Dona Maria Rita Teixeira Vieira Belfort. Bisneto materno do Coronel José Joaquim Vieira Belfort e de Dona Maria Tereza Teixeira. Terceiro neto materno do Cirurgião Mor Leonel Fernandes Vieira e de Dona Francisca Maira Belfort. Terceiro neto materno de Caetano José Teixeira e de Dona Rosa Maria Serra. Quarto neto materno de Lourenço Belfort e de Dona Anna Thereza Marques da Silva. Quinto neto materno do Capitão Phillipe Marques da Silva e de Dona Rosa Maria do Espírito Santo.
Título de Príncipe
Recebeu o Coronel Antonio Roxoriz de Belfort o título de Príncipe de Belfort, por ter elle eleitor provado haver adquirido hereditariamente este título: Son Altesse Sérénissime le Colonel Antonio Roxoroïz de Belford, Prince et Duc de Belford.
"Belford (baron de l'Empire) - France. (segue-se a descrição do brasão); "Belfort (comtes de), v. Saracini comtes de Belfort. SARACINI, comtes de Belfort - Tirol. Comtes du St.-Empire, 30 sept 1731 et 27 juillet 1790; conf. dudit titre, lí mars 1827.
segue-se a descrição do brasão).
Carlos Eduardo Barata
Casamento

Casado com Dona Amanda, filha do Conde da Motta Maia, Médico de Dom Pedro II.
Foram Pais de:
1. Maria de Lourdes Roxo Roiz de Belfort
Nascida em 1902.
2. Luiz Antonio Roxo Roiz de Belfort
Nascido em 1904.

Fonte
Casa dos Belfort
John Wilson da Costa
Dicionário de Famílias Brasileiras
Barata e Cunha Bueno
Biblioteca Nacional
Acervo do Príncipe de Belfort
Ana Carolina Nunes
Pesquisa
Anamaria Nunes


Augusta Carlota Bandeira Duarte

BARONESA DE GURUPY
VISCONDESSA DE BELFORT
Dados Biográficos
Nascida em 30 de Outubro de 1820, em São Luís.
Falecida em 30 de Novembro de 1883, Rio de Janeiro.
Árvore de Costados
Filha do Conselheiro do Império Francisco de Paula Pereira Duarte e de Dona Carlota Joaquina Belfort Leitão Bandeira. Neta paterna do Sargento Mor Manoel Pereira Duarte e de Dona Joana Jacintha Cláudia de Freitas. Neta materna do Ouvidor Manuel Leitão Bandeira e de Dona Maria Joaquina Vieira Belfort. Bisneta materna do Cirurgião Mor Leonel Fernandes Vieira e de Dona Francisca Maria Belfort. Terceira neta materna de Lourenço Belfort e 2ª mulher Dona Anna Thereza Marques da Silva. Quarta neta materna do Capitão Phillipe Marques da Silva e de Dona Rosa Maria do Espírito Santo.
Casamento
Casada, em São Luís do Maranhão, em 19 de Abril de 1841, com seu primo, Dr. Antonio Raymundo Teixeira Vieira Belfort, Visconde de Belfort e Barão de Gurupy, (V. § 3.2 § 4.2 a seguir) filho do Coronel José Joaquim Vieira Belfort e de Dona Maria Tereza Teixeira.
Com Geração.
Fonte
Casa dos Belfort
John Wilson da Costa
Pesquisa
Anamaria Nunes

Joaquina Rita de Castro Belfort

BARONESA DE TURIASSU
Dados Biográficos
Nascida em 1802, em São Luís. Falecida em 11 de Janeiro de 1820, aos 18 anos.
Árvore de Costados
Filha do Tenente Lourenço de Castro e de Dona Francisca Inácia. Neta paterna do Sargento Bernardino Pereira de Castro e de Dona Roza Belfort. Neta materna de Ricardo Belfort e 2ª mulher Dona Maria Isabel de Paula. Neta paterna de Lourenço Belfort e 1ª mulher Dona Isabel de Andrade. Bisneta paterna de Gaspar Pereira de Castro e Souza e de Dona Juliana Pereira Rodrigues. Bisneta paterna de Lourenço Belfort e 2ª mulher Dona Anna Thereza Marques da Silva.
Casamento
Casada, em São Luís, com o Marechal de Campo Manoel de Souza Pinto Magalhães, Barão de Turiassu, nascido em 1796, em Portugal e falecido em 12 de Novembro de 1862. Sem Geração.
Fonte
Casa de Belfort
John Wilson da Costa
Pesquisa
Anamaria Nunes

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

José Félix Pereira de Burgos

BARÃO COM GRANDEZA DE ITAPECURU
Dados Biográficos
Falecido em 9 de Abril de 1854.
Árvore de Costados
Filho de Pedro José, natural de Lisboa, Freguesia da Sé Velha, e de Dona Joana Maria Thenório, nascida em 1 de Junho de 1723. Neto materno de Carlos Pereira de Burgos e Dona Maria Benedicta Ponce de Leon.
Origem da Família
Segundo Borges da Fonseca, a Família tem origem conhecida em Carlos Pereira de Burgos, Sargento Mor de Pernambuco, que foi Alferes de Infantaria Paga da Villa de Recife à época do seu casamento, em 24 de Setembro de 1691 com Dona Maria Benedicta Ponce de Leon, nascida em 21 de Fevereiro de 1631, com ascendência no Título Thenórios da Nobiliarquia Pernambucana. Natural de Lisboa, Carlos Pereira de Burgos era irmão de Antonio Pinto Coelho, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Familiar do Santo Ofício, e Oficial Maior da Secretaria de Estado, filhos de Antonio Pinto Coelho, proprietário de um Ofício no Tesouro, e de Dona Helena Maria Baptista.
Carlos Pereira de Burgos e Dona Maria Benedicta foram pais de: 1. Francisca Caetana Xavier, nascida em 12 de Abril de 1716, casada com Valentim Dias de Mello, Capitão da Ordenança da Freguesia de Maranguape, em 1748 era Secretario do Governo da Paraíba, irmão do Padre Bernardo Dias da Cunha, Capelão da Sé, filhos do Capitão Sebastião Dias de Abreu e de Dona Helena da Cunha Bandeira. Foram Pais de: Helena da Cunha Bandeira; Maria dos Prazeres; Ignácio Dias de Mello e José Dias de Mello. 2. Antonio Manoel Felix Pereira de Burgos, nascido em 24 de Dezembro de 1717, ingressou na Companhia de Jesus, em Outubro de 1733, saindo em Dezembro de 1746. Em 1748, assistia na Bahia como Clérigo Presbítero com o nome de Antonio Peres e Cardena. 3. José Felix Pereira de Burgos, nascido em 13 de Outubro de 1718, a serviço do Rei, em 1748, como Ajudante de Infantaria do 3º Pago de Olinda. Casado com Dona Francisca Xavier de Jesus Maria, exposta e viúva do Cirurgião Manoel Lins. Foram Pais de: José Félix, nascido em 15 de Janeiro de 1747, falecido no mesmo ano; José Peregrino, nascido em 15 de Maio de 1748; Joaquim; Anna; Thereza; Carlos. 4. Theresa, nascida em 29 de Janeiro de 1721 e falecida menina; 5. Estanislao, nascido em 17 de Março de 1722 e falecido menino; 6. Joana Maria Thenório, nascida em 1 de Junho de 1723, casada com Pedro José, natural de Lisboa, Freguesia da Sé Velha. Foram Pais de: 1. Francisco Xavier; 2. José; 3. Antonio; 4. Carlos; 5. José Pedro; 6. Anna. 7. Helena Maria Baptista, casada com Florentino Velloso Monteiro, filho de Florentino Velloso Monteiro, Capitão da Fortaleza de N. Sra. Nazaré do Cabo de Santo Agostinho, e de Dona Ângela de Moura. Foram Pais do filho único: Antonio das Chagas, menino em 1748. 8. Anna Maria Thenório, que vivia solteira em 1748; 9. Ignácia Francisca Xavier, que vivia solteira em 1748; 10. Rosa Maria Thenório, sexta e última filha, nascida em 22 de Março de 1732, casada com Lourenço Gomes, natural da Matta, que servia ao Rei na Companhia dos Granadeiros do Terço de Olinda, filho de Aleixo de Sousa. Foram Pais de: 1. Lourenço; 2. Francisco; 3. Josepha; 4. Thereza.
Distinções
Dignatário da Imperial Ordem do Cruzeiro
Cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Aviz
Presidente de Província
Foi Presidente da Província do Pará
Fato Histórico
Um dos três Bês da Guerra dos 3 Bês, lutou, foi preso, exilado. O outro B era dos Belfort, da Família de sua mulher, Dona Anna Thereza Belfort. O último B era dos Bruce, também casado na Família Marques da Silva. Lutou ao lado de dois irmãos, o Major Antonio Raimundo Pereira de Burgos e o Tenente Carlos Pereira de Burgos, este falecido na batalha. Com a queda dos Bruce, toma parte da Junta Governativa. Foi duas vezes sogro do Barão de Coroatá, Manoel Gomes da Silva Belfort, que enviuvando de uma de suas filhas, casa-se com outra.
Privilégio
Dia 23 de Agosto de 1834, concedendo ao Barão de Itapecuru Mirim, pelo tempo de 10 annos, o uso exclusivo do moinho de descascar arroz de sua invenção (Almanak, Ministerial, Império, 1834, Página SN)
Vida Militar
Alferes do Regimento da Cavalaria Auxiliar de Olinda. Arquivo Ultramarino: Lisboa, depois de 9 de Setembro de 1801. Infirmação (minuta) do Conselho Ultramarino sobre os serviços de José Félix Pereira de Burgos, que serviu em vários postos no Regimento de Infantaria Paga da cidade de Olinda, desde janeiro de 1776. Antes de 28 de Maio de 1803. Requerimento do alferes do Regimento da Cavalaria Auxiliar de Olinda e Boa Vista, José Félix Pereira dos Santos, por seu procurador Manoel José, ao príncipe regente [D. João], pedindo confirmação de carta patente. Anexos: 2 docs (Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco)
Sesmaria
Em 22 de Setembro de 1804 pediu confirmação de data de sesmaria no Itapecuru, na Cachoeira Grande (Ahu Acl Cu – 009 – Caixa 137 – Documento 10014)
Dívida Ativa da Câmara da Cidade do Maranhão
A Câmara é devedora tendo como origem da dívida o soldo do posto de Tenente de 1ª Linha, que pagou a Junta, ao Major José Félix Pereira de Burgos, que a Provisão do Tesouro de 18 de Março de 1825 ordena que sejam pagos pela Câmara, no valor de 924$129 (Almanak, 1828, do Ministério da Fazenda, à Página S2-22)
Casamento
Casado com Dona Anna Thereza Belfort, filha do nobre irlandês Lourenço Belfort e de Dona Anna Thereza Marques da Silva, neta materna do Capitão Phillipe Marques da Silva e de Dona Rosa Maria do Espírito Santo (V. Meus 8º Avós)
Foram Pais de:
1. José Félix Pereira de Burgos
Sargento Mor
Casado, em 1ª Núpcias, com sua prima Rita Carneiro Homem de Souto Mayor, filha do Coronel Ayres Carneiro Homem de Souto Mayor e de Dona Guilhermina Diniz. Casado, em 2ª Núpcias, com sua prima e cunhada, Mariana Carneiro Homem de Souto Mayor.
Poder e Família no Maranhão nos
Primeiros Decênios do Século XIX
Ediyene Moraes dos Santos

2. Luiza Cândida de Burgos
Falecida em 2 de Novembro de 1845.
Casada, em 29 de Maio de 1826, com seu primo Manoel Gomes da Silva Belfort, Barão de Coroatá, filho do Capitão Felipe Marques da Silva e de Dona Inácia Maria Freire Belfort, neto do Sargento Mor Antonio Gomes de Sousa e de Dona Marianna das Neves (V. Meus 7º Avós).
3. Maria Benedicta Pereira de Burgos
Casada, em em 23 de Janeiro de 1847, com o cunhado, Manoel Gomes da Silva Belfort, Barão de Coroatá, filho do Capitão Felipe Marques da Silva e de Dona Inácia Maria Freire Belfort, neto do Sargento Mor Antonio Gomes de Sousa e de Dona Marianna das Neves (V. Meus 7º Avós).
Pesquisa
Anamaria Nunes






Antonio Raymundo Teixeira Vieira Belfort


Barão de Gurupy e Visconde de Belfort.
Dados Biográficos
Nascido em 17 de Junho de 1818, em São Luis.
Falecido em 16 de Agosto de 1905, no Rio de Janeiro.
Foro de Fidalgo

Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial.
Títulos de Nobreza

Visconde de Belfort
Decreto de 12 de Setembro de 1872, em Portugal.
Barão de Gurupy
Decreto de 11 de Dezembro de 1855.
Carta de Brasão

Carta de Brasão passado em 6 de Abril de 1894.
Registrada no Cartório da Nobreza, Livro VII, fls. 5.
Casa Imperial
Guarda Roupa de Sua Majestade.
Distinções

Comendador da Imperial Ordem da Rosa.
Cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo.
Comendador da Imperial Ordem de N. S. de Vila Viçosa de Portugal.
Formação Intelectual

Bacharel em Direito.
Vida Política

Deputado na 9a. Legislatura da Assembléia Geral, de 1853 a 1856.
Casamento

Casado, em 19 de Abril de 1841, com sua prima Dona Augusta Carlota Bandeira Duarte, Baronesa de Gurupy e Viscondessa de Belfort, filha do Conselheiro Francisco de Paula Pereira Duarte e de Dona Carlota Joaquina Belfort Leitão Bandeira.
Foram Pais de:
1. Maria da Glória Duarte Belfort
Nascida em 12 de Junho de 1852, no Rio de Janeiro.
Casada, em 1873, com Antonio de Paula Ramos, nascido em 1848, no Rio de Janeiro.
2. Thereza Augusta Duarte Belfort
Nascida em 24 de Outubro de 1863, no Rio de Janeiro.
Casada, em 26 de Março de 1883, com Joaquim José Cerqueira.


Nobreza de A a Z
Sérgio Freitas
Descendência do Barão de Gurupy fornecida por
Guilherme Serra Alves Pereira

Francisco de Paula Pereira Duarte

Conselheiro do Império
Dados Biográficos
Natural de Mariana, Minas Gerais, nascido em 17 de Agosto de 1764, falecido no Rio de Janeiro em 15 de Junho de 1855, sendo sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, no Catumbi.
Árvore de Costados
Filho do Sargento Mor Manoel Pereira Duarte e de Dona Joana Jacintha Cláudia de Freitas.
Formação Intelectual
Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, formado em 26 de Outubro de 1809.
Magistratura
Ouvidor da Comarca de Rio Negro
Decreto de 13 de Maio de 1811.
Ouvidor e Desembargador da Relação do Maranhão
Decreto de 17 de Dezembro de 1813.
Procurador da Fazenda dos Defuntos e Ausentes, Resíduos e Capelas
da Comarca de São Luís do Maranhão
Alvará de 14 de Maio de 1818
Desembargador da Relação da Bahia
Carta Régia de 11 de Outubro de 1820.
Desembargador da Casa de Suplicação
Decreto de 12 de Outubro de 1824.
Chanceler na Relação do Maranhão.
Decreto de 9 de Setembro de 1828
Presidente da Relação do Maranhão
Decreto de 11 de Dezembro de 1833.
Desembargador de Agravos da Casa de Suplicação
Decreto de 24 de Setembro de 1832
Por Cartas Imperiais de 1 de Junho de 1839 e de 12 de Janeiro de 1842, foi nomeado, respectivamente, Juiz Conservador da Nação Britânica da Província do Maranhão e 2º Vice-Presidente da mesma Província.
Ministro do Supremo Tribunal de Justiça
Decreto de 7 de Novembro de 1842
Presidente do Supremo Tribunal
Decreto de 17 de Outubro de 1849.
Conselheiro do Império
Agraciado pelo Governo Imperial com Título de Conselho
Carta de 25 de Outubro de 1828.
Distinção
Comendador da Imperial Ordem de Cristo
Carta de 18 de Outubro de 1829
Foro de Fidalgo
Mercê de foro de Fidalgo Cavaleiro
Decreto de 18 de Julho de 1841.
Criação da Vila de Itapecuru
Providenciada uma das exigências da determinação régia, a Escritura de Obrigação e Patrimônio, sem a qual a vila não seria criada, a 20 de outubro de 1818, ocorreu outro ato de capital importância para os moradores da povoação.

A solenidade, na Praça da Cruz, da instalação da vila, que contou com a presença de 767 almas, das autoridades, do clero e de Antonio Gonçalves Machado, procurador do alcaide-mor José Gonçalves da Silva.

Na oportunidade em que o desembargador, ouvidor e corregedor da Comarca, Francisco de Paula Pereira Duarte leu em voz alta a Provisão de 27 de novembro de 1817, expedida em conseqüência do decreto de 14 de junho do dito ano, e despacho da Mesa do Paço de 17 de julho e 24 de novembro do mesmo ano. Em seguida, de acordo com o relato de César Marques, "foi levantado o pelourinho, deram-se os vivas de estilo, criaram-se por eleição de pelouros dois juízes ordinários, um juiz de órfãos, vereadores e mais oficiais na forma da lei".
Mas a criação da vila não foi imediatamente reconhecida por D. João, no entendimento de que não haviam sido cumpridas por José Gonçalves da Silva todas as exigências da Provisão Régia. Por isso, a ele foi dado o prazo de dois anos para atendê-las, sob pena de perder as regalias do cargo de alcaide-mor.
Jornal de Itapecuru
Edição 124
Destaques
Casamento
Casado, em 15 de Agosto de 1818, com Dona Carlota Joaquina Belfort Leitão Bandeira,
nascida em São Luís do Maranhão, e falecida em 17 de Fevereiro de 1868. Bisneta materna de Dona Anna Thereza Marques da Silva, Matriarcas da Familia Belfort, e Terceria neta materna do Capitão Phillipe Marques da Silva e de Dona Rosa Maria do Espírito Santo
(V. Meus 8º Avós)

Foram Pais de:
1. Viriato Bandeira Duarte
Ministro do Supremo Tribunal de Justiça
Nascido em 21 de Julho de 1819, em São Luís.
Cavaleiro Fidalgo da Casa Imperial. Moço Fidalgo com exercício no Paço.
Oficial da Imperial Ordem da Rosa.
Formou-se em Direito pela Faculdade de Olinda em 1840.
Desembargador da Relação do Maranhão em 24 de Julho de 1872.
Removido para Ouro Preto em 6 de Novembro de 1873, por ocasião de sua criação.
Removido para a Corte em 31 de Janeiro de 1877.
Presidente da Relação de Ouro Preto.
Auditor Geral da Marinha.
Chefe de Polícia da Província de Mato Grosso.
Chefe de Polícia da Província do Maranhão.
Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Província de Mato Grosso.
Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Província do Maranhão.
Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Província de Mato Grosso.
Aposentado em 21 de Março de 1891.
Casado, em 1ª Núpcias, em São Luís do Maranhão, em 8 de Junho de 1841, com Dona Rosa de Viterbo Gomes da Silva Belfort, falecida em 10 de Outubro de 1858, filha de Manuel Gomes da Silva Belfort, Barão de Coroatá, neta do Capitão Felipe Marques da Silva e bisneta do Mestre de Campo Antonio Gomes de Sousa e de Dona Mariana das Neves (V. Meus 7º Avós). Com Geração.
2. Augusta Carlota Bandeira Duarte
Baronesa de Gurupy e Viscondessa de Belfort
Nascida em 30 de Outubro de 1820, em São Luís.
Falecida em 30 de Novembro de 1883, Rio de Janeiro.
Casada, em São Luís do Maranhão, em 19 de Abril de 1841, com seu primo, Dr. Antonio Raymundo Teixeira Vieira Belfort, Visconde de Belfort e Barão de Gurupy, (V. § 3.2 § 4.2 a seguir) filho do Coronel José Joaquim Vieira Belfort e de Dona Maria Tereza Teixeira.
Com Geração.

Lourenço Belfort


Príncipe Irlandês
Atendendo aos méritos de Lourenço Belfort, El-Rei Don José I, de Portugal, a 20 de Julho de 1758, concedeu-lhe o hábito da Ordem de Cristo. A 21 de Junho de 1761, na igreja N.S. da Conceição de Lisboa, foi armado Cavaleiro da Ordem de Cristo, tendo no mesmo dia, na igreja N.s da Luz, professado e recebido o hábito.

Nascido em 5 de Julho de 1708, em Dublin. Batizado na Paróquia da Vila de St. Michans, no Arcebispado de Dublin, com Certidão Batismo e de Cristão Velho:

“Ao muito illustre e Reverendíssimo Senhor Doutor Joam Rodrigo Covette, Acipreste da Igreja Cathedral do Maranhão, Comissário da Bulla da Cruzada Vigário Geral do Temporal e Spiritual, Juiz dos Cazamentos e Justificaçõens e Habelitaçõens de geração, e das Capellas e Riziduios no Bispado do Maranham, pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Dom Frey Antonio de Sam Jozé da Ordem de Santo Agostinho, Bispo do Mesmo Bispado, do Conselho de Sua Magestade Fidelíssima.Frey Thomaz de Burgo, da Ordem dos Pregadores, Mestre na Sagrada Theologia, Protonotario Apostólico por Graça de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de Osoria, Sofraganio do Illustrísssimo e Reverendíssimo Dom Ricardo Limeollo Arcebispo de Dublim, Primaz da Ibernia, deseja muita saúde ao sobre dito.

“Receby as letras requisitórias de vossa Senhoria Reverendíssima a respeito da inquirição do Senhor Lancellote Belfort, e dos seos ascendentes, e sobre os quisitos della com toda a diligencia tomei todas as informações necessárias, e oportunas assim por testemunhas, como por notários públicos desta Província aonde reina a ejrezia, por cuja razão nãomandamos os actos originaes,. Pois se deve dar mais credito, os que das ditas inquiriçõens dissemos nos Dom´nios, e Estados Catholicos pela nossa fé, do que a tudo o que contem a letra, a inquirição que tomamos.Porem vos attestamos nós Arcebispo e Bispo sobredito, e vos damos sem duvida ffe de que pellos documentos autênticos, nos consta claramente.Primo; quue o referido Senhor Lancellote Belfort, que agora vive no Maranham, he filho legítimo do Senhor Ricardo Belfort, e da Senhora Izabel Lowther ambos Catholicos Romanos, os quais tivera este filho de leggítimo matrimonio que contrahirão, que foi baptizado na Parochia da Cidade de Sam Micama do Arcebispado de Dublim em sinco de Julho de mil settecentos e oito. – Segundo, que o dito Ricardo nasceo em Castello Ricardo no Condado Midensi junto do Quilrã Castello eludial da família Belforts, pertencente a mesma. ha muitos secolos, e sua mulher Izabel Lowther nasceo em Onnisfrilenam Capital da Provoação do Condado de Ferinacanni, ambos baptizados solennemente.Terceiro, que referidos Pais do dito Lancellote morrerão no Grêmio da Santa Madre Igreja Catholica com todos os Sacramentos, e se sepultarão na Parochia de Santa Maria de Moleidard junto a Metropole de Dublim. – Quarto, que os Avos do dito Lancellote, Pais de Ricardo et setra, forão João, que nasceo no referido Castello Kilerânne, e sua nmulher a Senhora Catharina Barneval, filha do Senhor Patricio Barneval Cavaleiro Ilustre do ditto Condado Midensi, os quais todos forão christaons baptizados e catholicos Romanos.Quinto, que o sobredito Lancellote Belfort, tanto pela parte Paterna como Materna, he aparentado com os principaes do Reino Biscondes, et setra, Baroens et setra que se omittem por evitar prolixidade. – Sesto, que o Sobredito por seus Pais e Avos he Christão velho, Catholico Romano, sem raça de infecta nação Judaica, e para que se de inteira ffe as presentes letras, e a esta Attestação, como que fosse aos proprios documentos, que se juntão, de que esta se extrahe; se extrahe seo mesmo dos referidos documentos de minha própria mão a estrahy dellas, e seley com o meu sello, e asistencia do referido e Illustrissimo Arcebispo; dada em Kalibannia a outo de Dezembro de mil sete centos e sincoenta e nove. Frey Thomaz da Ordem dos Pregadores, Bispo Osiriensse.”

Falecido em Lisboa, onde se encontrava de passagem, tendo sido ali sepultado, em fins do ano de 1777.
Deixou Testamento:

“Em nome da Santíssima Trindade Padre, Filho, Espírito Santo, Três Pessoas distinctas, hum só Deus verdadeiro, em cuja fé protesto viver e morrer e nela salvar a minha alma. Saybão quantos este público instrumento de Cedulador Testamento, ou como em direyto melh’or nome tenha virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Crhristo a mil settecentos e settenta e sinco annos aos quinze dias do mez de Março do dito anno nesta Cidade de São Luiz do Maranhão estando o Mestre de Campo Lourenço Belfort sam, sem doença e em perfeito juízo temendo me da morte por Ser Certa, e incerto o quando deterini faze meu Testamento, que hé o prezente, que por estar em tudo conforme a minha ultima vontade por ser de justissa de Sua Magestade, aquém pertencer o seu Conhecimento, a fação em tudo Comprir iguardar como nelle se Contem. Primeyramente, encomendo a minha alma a meu Deus todo Poderoso que a tirou......sagrada morte e paixão.......de seu Unigênito Filho meu Senhor Jezus Christo a queira receber no Seu Santo Reyno quando deste mizeravel Corpo Se apartar, e a Virgem Santíssima minha May e Senhora Rogo queira ser minha intercessora Como tambem ao Santo do meu nome e ao anjo da minha guarda e todos os meus Santos e Anjos daminha devoção. Declaro que morrendo nesta Cidade quer que o meu Corpo Seja sepulado na Capela do Senhor dos Passos, e ........falescer fora della na Igreja ou Capela mais vizinha, Cujo interro......imtudo....... do meu Testamenteyro, e no dia do meu falescimento......ahoras.......no dia seguinte dizer por minha alma Missas de Corpo prezente todos os Sacerdotes que Seacharem , e a quizerem dizer, e quando falesça fora da Cidade as dirão da mesma Sorte, no dia que chegar a Ma noticia, ou no dia seguinte, dandose-lhe a ismolla de pataca por Cada Missa, e se me farão o officio Parochial em Freguezia dondeu falescer, que para tudo nomeyo para meu Testamenteyro a meu filho Antonio Belfort, o qual dou poder de pagar, e arrecadar minhas dividas, e por sua Conta correr qualquer outra dispozissão, emtrega das Legitimas dos meus herdeyros Seus Irmãos reprezentando para tudo minha pessoa como Se eu vivo fòra, tudo athé o tempo que neste testamento Consignarem. Declaro que sou natural de Ibernia, Cidade de Doblin, filho legitimo de Ricardo Belfort e de sua molher Izabel Lowther já defuntos e casey primeira vez nesta Cidade do Maranhão com Izabel de Andrade, de Cujo Matrimonio tenho ao presente dous filhos a Saber Ricardo Belfort e Maria Magdalena Belfort, os quais estão inteyrados não só do que lhe Coube, por morte de Sua May Senão tão bem do que ficou de seu irmão Guilherme Belfort, que morreo no estado de Casado sem ter descendentes, e já depois de eu ter cazado segunda vez, e assim nem do que lhes coube de Sua May, como de seu Irmão lhes devo couza alguma por estarem realmente pagos, e inteyrados de tudo que.....Legitima lhes pertencia. ..e claro que cazey segunda vez, com Anna Thereza que tão bem he falescida de Cujo matrimonio tenho vivos os filhos seguintes – Roza Maria Belfort, cazada com o Sargento mor de Cavalaria Bernardino José Pereyra de Castro, Francisca Belfort, cazada com o Cirurgião Mor Leonel Fernandes, Maria Belfort, Anna Belfort, Miguel Belfort, e Antonio Belfort, Lourenço Belfort e Jozé Belfort, e tantos estes como aquelles dous do primeiro matrimonio são meus Legítimos herdeyros, que portais os instituo. Declaro que eu ajustey com os ditos meus Genros o Sargento-Môr Bernardino Jose Pereyra de Castro, e o Cyrurgião mor Leonel Fernandes dar a Cada um Sinco mil Cruzados pelas Legiitimas que tocarão á Suas molheres por morte de sua May. Com effeito lhes paguey inteiramente em dinheyro Com os juros que Se vencerão no dia de Seus Cazamentos athé o dia em que forão embolsados pelo que devem entrar a inventario com tudo o mais que levarão e lhes dey quando cazarão afim de......ouro eprata como Escravos, e omais que....delles o declarar irão.....repor, ao tomar em a Conta doque lhes houver de tocar. Como também dey a meu genro o Sargento-Môr Bernardino José Pereyra de Castro humas cazas em que hoje mora pelo vallor de outocentos mil reis. Com os quais tão bem devemtrar. Declaro que quando cazou meu filho Antonio Belfort, equando emancipey meu filho Lourenço Belfort, lhes paguey tão bem a Leggitimas que lhes tocou de sua May dando-lhes em dinheyro........da......Companhia Geral do Comercio, e nesta parte estão realmente pagos e satisfeitos. Declaro que os beins que eu possuo são todos adquiridos por minha industria......herdados com he notório; e porque meus herdeyros sabem ditodo como tão bem do que eu devo, ou semideve, e que hade Constar dos meus papeis e acentos por isso..... de os declarar. Declaro que eu possuo na Ribeyra do Itapicurú de uma a outra parte do Ryo Sinco Legoas de Terras menos asbrassas que consta por escriptura ter vendido a Lucas Barboza; e assim mais outras terras em...... que Comprei a meu genro o Cirurgião môr Leonel Fernandes, cujas terras humas e outras aqui declaradas quero ehé minha vontade sejão lançadas ao quinhão da minha terça para assim estabelecer, e augmentar com ellas as Cazas de meus herdeyros. .......... Serão os meus dez filhos herdeyros assima declarados .....havera cada hum.... brassas da dita terra a beira do Ryo, constando do seu fundo isto he quatrocentas braças de huma parte, quatrocentas, de outra, que sempre Serão fronteiras para melhor comodidade que for administrador da minha terra vinte mil reis por anno para que este com os ditos Foros annuaes possa fazer...... a hum Capelão que lhes diga Missa e administre os Sacramentos, e a toda aquella vizinhança a vista da grande distancia com que Virão da Freguezia, e a toda e de outra qualquer Igreja, para assim mais comodamente poderem tratar do Seu bem Espiritual; ficando toda a maiz terra que Sobrar dos nove quinhões que sempre serão no Citio, em que tenha a minha Capela para o que for administrador assistir, e lavrar nella sem pagar ditos vinte mil reis para assim melhor cumprir com o mais que lhes encarreguei com advertência que estes meus herdeiros nunca por Sy Sós poderão metter outro em Seu lugar, nem, ........ da dita porção deterra, por ser a minha tenção estabelecer a Caza de todos elles na forma dita; que por isso já de agora..... que me pertencer das minhas terras...... quelle filho, ou descendente que quizer ou pretender contrasizer qualquer dispozição deste Testamento por meyo de justiça, e Senão Conformar em tudo com o que eu aqui disponho, bastando para que os outros meus filhos e descendentes ......o prosseguimento que Me intentar jurídico, ainda por simples petição porque isso bastará para não gozar do benedicio da dita terra porque eu já deagora pelo mesmo facto o excluo della e o privo de todo o direito e ação que queira intentar por Ser minha tensão a boa união, e Convivencia entre elles, e para assim melhor viverem ...... e se Saberem aproveitar determino o seguinte. Logo que eu falescer concordarão entre sy os ditos meus herdeyros que se acharem dentro desta Comarca ellegerem hum delles que mais idôneo acharem para ser o administrador dadita minha terra, que serão feito a mais vozes dos mesmos herdeyros, e este que assim for eleyto tomará Logo conta de todos os beins, e os dará ainventario, recebendo de suas mãons os mais herdeyros os Seus quinhõens, e partilhas, ficando Logo Constituído meu Testamenteyro que já de agora por tal o declaro com todos os poderes concedidos ao prymeiro nomeado que de emtão em diante...... a obrigação de Testamenteyro por passar toda a o que passa a dita administração for escolhido pelos meus herdeyros e deste amnistrador já de agora nomeyo por Feitor..... que ficarem menores ao tempo do meu falescimento. O dito administrador por Sy só não poedera dissidir qualquer duvida que a respeito das ditas terras os mais herdeyros movão emtre Sy, antes Se ajuntarão Sette, ou Sinco ou os que poderem ser, afinde ouvidos seus paresseres sustarão pelo que for sentado pela mayor parte, e da mesma forma se observarão em tudo o mais que arrumar, Semque por Sy Só nenhum possa fazer Couza alguma...... as ditas terras, ocometter outro em Seo lugar. Sem consentimento dos mais, que sempre atenderão e preferirão os meus descendentes mais chegados, e quando em tempo algum comordem aforrar alguma das ditas porções de terras aestranho por não haver parentes meu que aqueira nesse cazo nunca será pelo foro de vinte mil reis, porque pelo.....limitado só pagarão meus descendentes, a quém........comodidade e augmento. Ao dito meu administrador deicho todos os beins que me forem lançados a minha terra, dos quaes se poderá aproveitar emquanto vivo, de sorte que por sua morte Si pagará aseus herdeyros todos os lucros..... filhos suscessores que não venha aos mais herdeyros e descendentes prejuízo Sempre Serão obrigados a prefazerem o principal que receber com a dita administração.... que morrerem ou preferirem alguns beins, ou escravos, ou Se o vender porá outros tantos em seu lugar. Por ser a minha tensão que a minha terra seja por semelhante modo como...... aos mais meus herdeyros ou descendentes, que por isso por morte do dito administrador, poderão os mesmos meus herdeyros ou descendentes, eleger outro de hum delles na forma dita que em outra na dita administração, sem que para esta eleysão seja precizo o..........de todos, os parentes, porque bastará o.......numero de Sette ou aquelles que poderem ser sempre para isso os filhos deque tiver sido possa allegar preferência, ou se chamar a posse; porque esi ato aterá aquelle que pelos mais herdeyros, ou...... aproveitar todos deste beneficio, que na falta de filho, ou descendentes..... poderão suceder az fêmeas, quando pella Capacidade de Seus maridos forem eleytos, e da mesma Sorte mostrando o tempo que algum ou alguns dos ditos administradores assim eleytos dissipa, o destroe os beins e for concordado entre oz masiss que não he conveniente na dita administração o dytarão fora elegendo outro pelo prejuízo........ contrário..... aos meus descendentes. Odito adminsitrador será obrigado a dar qualquer Neta minha que for nascida ao tempo de minha morte, quando esta se caze, Cem milreis para ajuda do Seu dote, isto he cazando a Contento de seus Pays ou de pessao que a governe na falta de Pays e Se Contra a vontade deste alguma Se cazar não gozarão do beneficio dos ditos Cem mil reis equando Cazem mais de huma no mesmo anno Só se dará Cem mil reis a primeira que cazar Sem que para isso as outras percão os seus porque os hirão percebendo em cada hum anno segundo a antiguidade de Seus cazamentos em forma que cada huma Se venha a utilizar dos ditos Cem mil reis na forma dita. Declaro que tenho huma Irman na Cidade de Doblin chamada Suzana Belfort, Freyra professa no Convento Dominicano, aesta será obrigado o quarenta milreis, que lhes deixo pelo amor de Deos.Declaro e hé minha vontade....... dos ditos meus herdeyros que quando algum destes tenham terras proprias em que lavrem, e por essa razão não queiram lavrar nas terras da minha terça; poderão Com tudo metter nellas em Seu lugar algum filho Seu ou neto i quando Nada de qualquer destes ramos de minha descendência hirão ficando devolutas as porçõens por elles até então ocupadas para do todo da adminsitração, até o fim do ultimo ramo que succedendo não haver mais descendentes meu que haja de Continuar na dita administração elavrar a lavrar nas ditas terras nesse Cazo passarão as ditas terrras, e todos os mais beins da minha terra ao Senado da Câmera desta Cidade do Maranhão para rendimentos do mesmo Senado Como beins Livres Seus que ficarão Sendo, não tendo lugar nunca entre os meus descendentes os filhos bastardos que entre elles houverem, porque estes vioulão totalemtne como Se descendentes não fossem. Quero e sou contente de que meus herdeyros emtre Sy fassão amigavelmente o Seu inventario pois supposto alguns sejão menores de vinte Sinco annos ao prezente, com tudo São mayores de quinze annos todos, Com bôa Capacidade que Se para isso for necessário Licença dos Superiores a impetrarão afim de a Conseguirem. Declaro que das tres Lagoas deterras que tenho em Cajapió pertence meya Legoa ao meu filho Ricardo Belfort. Como tão bem lhe pertence a terça parte das Cazas Mysticas as de Dona Luiza Viúva de meu primeyro Sogro Guilherme Everton por huma e outra Couza lhe tocar da legitima de Sua May, e eu nunca lhas pago por querer que elle as possua Como tem possuído, de cujas terras de Cajapió provão os títulos impuder da dita Dona Luiza por comprehenderem outras terras myzticas que forão do dito meu Sogro.E para em tudo Secumprir estas minhas dizposiçõenz dou ao dito meu Testamenteyro puder geral e especial para Cobrar, e pagar minhas dividas, e por Sy fazer as remessas que foram necessárias, reprezentando intudo minha pessoa, como se eu mesmo fosse. Pelo que pesso as Justiças de Sua Magestade assignasse e que a meu rogo fes e assigney “Jozé dos Santos Freyre” Aprovação. Saybão quantos este publico instrumento de aprovação de Testamento, ou Como em direito melhor dizer Se possa virem que Sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil Setecentoz e settenta e Sinco annos aos Seis dias do mez de Abril do dito anno nesta Cidade de São Luiz do Maranhão e nas Cazas de morada do Mestre de Campo Lourenço Belfort na Rua Formoza donde eu Tabelião ao deante nomeado fuy vindo a Seu rogo e donde o achey Sem doença alguma Com Saúde e em Seu perfeito juízo e emtendimento que Deos Nosso Senhor foy Servido dar-lhe Segundo aoparesser de mim Tabelião, e das Testemunhas ao diante nomeadas, e no fim deste Instromento assignadas, e logo de Sua mão a minha prezença das mesmas Testemunhas me foy entregue a Sedula de Seu Testamento feito em tres folhas de papel escripto com Sinco paginas e meya Sem borrão entrelinha ou Couza que duvida faça dezendome o dito Testador perante as ditas Testemunhas que este era o Seu Solene Testamento Comoqual queria morrer lhe lho havia feito José dos Santos Freyre e que todo o nelle declarado está muito a Sua vontade pedindo me e rogando me lho aprovasse o que dando cumprimento....... Logo esta aprovassão ao pé do mesmo Testamento aprovando, e havendo pro arpovado tanto quanto em direyto devo e posso por bem, e obrigação do meu oficio. E pede elle Testador as justíssimas de Sua Magestade Fidelíssima, assim Ecleziasticas , como Seculares, lho cumprão e guardem, e o fação imtudo muyto inteyramente cumprir iguardar assim, e da maneyra que nelle Se contem e declra, e que por este revoga e há por revogado outro qualquer Testamento ou Codicilio que antez deste haja feito porque Só a este quer, elhe Contenta Se lhe dê toda a força e vigor em Juízo, ou f´roa delle Testemunhas que a tudo foram prezentes o Capitão Antonio das Rocha Araújo o Sargento-mór Antonio Pereira da Sylva o Capitão Jozé Nunes Soeyro o Almoxarife Francisco Xavier de Carvalho e Lucaz Rapozo, que aqui assignarão como Testador todos os conhecidos de mim Ignacioo de Loyolla Bequeman Tabelião que o escrevy, e assignão em publico e Razo . Va. Em testemunho da verdade. Estava o signal publico “Ignácio de Loyola Bequeman” Lourenço Belfort “Antonio da Rocha Araújo” “Antonio Pereyra da Sylva” João Nunes Soeyro Francisco Xavier de Carvalho “Lucas Rapozo” Sobreescripto. Testamento do Mestre de Campo, Lourenço Belfort, que vay aprovado por mim Tabelião abayxo assignado, Cozido com Sinco pontos de linha branca do Reyno com quatro........cobertos por ambas as partes com Sinco pingos de lacre vermelho, e pede Me Testador Senão abra Senão depois de Seu Falescimento por authoridade de justiça. São Luiz do Maranhão Seis de Abril de mil Settecentos Setenta e Sinco annos. Ignácio de Loyola Bequeman

“Termo de abertura” do Testamento
Ao primeyro dia do mez de Novembro de mil Settecentos e Sette annos nesta Cidadde de São Luiz do Maranhão e nas Cazas de aposentadoria do Director Juiz de Fora Henrique Guilhon onde de Escrivão ao de ante nomeado fuy vindo...... mandato, e Sendo aly pelo Capitão Antonio Belfort foy aprezentado este Testamento dizendo erão Com que havia falescido Seu Pay o Mestre de Campo Lourenço Belfort, o qual morrera na Cidade de Lisboa tendo este Seu Testamento nesta Cidade, requerendo ao dito Minystro o Abrisse para se lhe dar Cumprimento, o que ouvido pelo dito Ministro mando a amim Escrivão o abrisse, ao que eu Saptisfazendo o abry; digo, o abry Ely todo de verbo adverbum, e o achey na forma da aprovação e logo o dito Ministro numerava suas folhas que São quatro, e as rubricou Com seu apelido de Guilhon e pôz seu Cumpra-se e registesse. Maranhão a primeyro de Novembro de mil settecentos Settenta e Sette annos “Guilhon” Cumprase, e Registresse. Maranhão doze de Novembro de mil setecentos settenta e sette annos “Matabo.e” Asceyto aprezente Testamentaria na mesma forma que o defunto meu Pay determina. Maranhão o primeyro de Novembro de mil Settecentos Settenta e Sette Annoz alguma era ... Conthendo escripto, e declarado em o dito Testamento do Defunto Mestre de Campo Lourenço Beelfort Sua aprovação Sobrescripto e abertura que eu Escrivão ao de ante nomeado bem e fielmente aqui me registey e trasladey do proprio a que me reporto, e o torney a emtregar ao Testamenteiro do dito Defunto Seu filho o Capitão Antonio Belfort, que de Seu recebimento assignou, e tudo vay..........de meu officio Sem Couza que duvida faça.Maranhão treze de Novembro de mil Settecentos Settenta e Sette. E eu Miguel Ignácio dos Santos Freyre e Bruce Escrivão que o escrevy e assigney. Confery e Consertey. Miguel Jose Ignácio dos Santos Freyre e B.ce”


Filho de Richard Belfort, batizado no Castelo Richard no Condado de Midensi, próximo do Castelo de Kilrue, solar feudal da família Belfort, e Dona Izabel, batizada em Emieskillimann, Condado de Termanaconi, filha de Edward Lowther de Skryne e Margaret Hamilton.
Em data incerta, mas provavelmente ainda na sua primeira mocidade, foi para Portugal, tendo residido em Lisboa. Atendendo aos méritos de Lourenço Belfort, El-Rei Don José I, de Portugal, a 20 de Julho de 1758, concedeu-lhe o hábito da Ordem de Cristo. A 21 de Junho de 1761, na igreja N.S. da Conceição de Lisboa, foi armado Cavaleiro da Ordem de Cristo, tendo no mesmo dia, na igreja N.s da Luz, professado e recebido o hábito.
Pouco tempo depois veio estabelecer-se no Brasil, na Capitania do Maranhão, onde contraiu nupcias com Dona Izabel de Andrade filha do Capitão Guilherme Ewerton, havendo desse matrimonio três descendentes. Dona Izabel de Andrade, sua primeira esposa, faleceu na cidade de São Luiz do Maranhão, conforme se verifica do assentamento seguinte:

“Certifico que revendo os livros findos de assentos de Óbitos da parochia da Sé Cathedral, no Livro 2, folhas 22, encontrei o seguinte: Em primeiro de Junho de mil setecentos e quarenta e dois faleceu com todos os Sacramentos Izabel de Andrade, mulher do Capitam Lourenço Belfort, deixando para testamenteiro seu marido, segundo Duarte Pereyra, terceiro Ignácio Camelo de Britto; enterrou-se no Carmo e levou todas as comunidades e capeloens da Sé e deixou quatro filhos, tres maxos e duas femeas aos quais deixou suas terças.E para constar fiz este assento que asssigno era ut supra.O Vice Vigário Henriques Francisco Delgado.Nada mais se continha no assento que fielmente copiei do original, eu Cônego José Maria Lemercier, Secretario do Arcebispado, Maranhão aos 10 de Junho de 1940. Cônego J.M. Lemercier, Secretario Geral e Chanceler do Arcebispado”

Foram Pais de:
1. Dona Maria Madalena Belfort
2. Ricardo Belfort
3. Guilherme Belfort

Por falecimento de sua consorte Dona Izabel de Andrade, Lourenço Belfort contraiu 2ª Núpcias, no dia 22 de Setembro de 1743, na cidade de São Luiz do Maranhão, com Dona Anna Theresa de Jesus, filha do Capitão Phillipe Marques da Silva e Dona Rosa Maria do Espírito Santo (V. Meus 8º Avós), conforme se vê da certidão abaixo transcrita:

Extrahido do Livro I de Cazamentos da Sé. Fls 104.

Aos vinte e dois dias do mez de Setembro de mil setecentos e quarenta e três annos feitas as denunciações da forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituição deste Bispado nesta Cidade de São Luiz do Maranhão pelas coatro horas da tarde e nas cazas de morada do Cappam.Phelippe Marques da Silva, com dispensa do Ordinário, na prezença do Exmo. Snr. Padre Mestre Doutor Francisco José da Santa Catharina que assistio com a mesma licença se cazarão solemnemente e receberão as benções nupciaes o Capitão Lourenço Belfort natural do Reyno de Irlanda, da Cidade de Dublim, filho legitimo de Ricardo Belfort e de sua mulher Izabel Belfort e viúvo que tinha sido de Izabel de Andrade natural dessa mesma cidade com Anna Thereza de Jesus, filha legitima do Cappitão Phelippe Marques da Silva e de sua mulher Roza Maria do Espírito Santo todos naturaes desta mesma Cidade de que tudo foram testemunhas presentes Ignácio Gabriel Lopes Furtado Provedor mor da Fazenda Real e Antonio Gomes de Souza que ambos assignam de que fiz este assento para atodo o tempo constar que assignei. José dos Reis.Nada mais se continha no original que fielmente copiei eu o Cônego José Maira Lemercier, Secretario Geral do Arcebispado.São Luiz do Maranhão 18 de Dezembro de 1941.Cônego J.M.Lemercier.”

Foram Pais de:
1. Roza Maria Belfort
2. Francisca Belfort
3. Lourenço Belfort
4. João Belfort
5. Maria Joaquina Belfort
6. Ana Teresa Belfort
7. Antonio Belfort
8. Miguel Belfort

Homem de notável atividade no Maranhão, foi Almotacél em 1744, 1750 e 1754. Vereador em 1753 e 1759. Juiz de Fora interino. Além das atividades agrícolas e comerciais, Lourenço Belfort exerceu altas funções militares, obtendo o posto de Mestre de Campo, para o qual foi nomeado a 22 de Agosto de 1768, por Fernando Pereira Leite de Foyos, então no Pará. Muito antes tinha ido ao Pará como Capitão de tropa de resgate de índios:

Os capitalistas europeus não queriam nada mais que enriquecer. Não tinham intenções de povoar ou fundar cidades estáveis, sob o ponto de vista cultural ou sob qualquer outro. Não pensavam, também, em cristianizar os índios, porque o índio, na visão européia, não poderia ser cristão. Ser cristão, era ser escolhido por Deus. E os índios (o homem americano), segundo eles, não tinham esse direito.Os exemplos dessa situação vivida pelos índios e pelos europeus são vários. Basta lembrar a expedição de Lourenço Belfort ao rio Branco. Este se fez acompanhar de um missionário italiano, Aquiles Avogatri, que relutou em atuar na expedição de resgate de índios, cumprindo sua função. Só mudou de opinião quando recebeu determinações expressas da Ordem dos Jesuítas, porque, nesta condição, mesmo escravizados, encontrariam a liberdade dos filhos de Deus.

Expedição ao Rio Branco em 1740

Esses capitalistas, de origens diversas, da Península Ibérica ou não, inauguraram, assim, uma ação colonizadora imperialista por todo o subcontinente sulamericano e que tem durado até, praticamente, nossos dias. (...) Por outro lado, seu sócio Francisco Ferreira, permaneceu operando na região, se incorporando à tropa de Lourenço Belfort, quando este subiu o rio Branco em 1740, para efetuar descimentos e amarrações de índios, para as missões e fazendas carmelitas no Pará.

Freitas, Aimberê in Geografia e História de Roraima.
http://www.bvroraima.com.br/especiais/
In 1739 Lourenco Belfort, an Irish slaver, with father Aguillo Avogadri, an Italian Jesuit, searched the Upper Rio Negro for bodies and souls4. In 1744 the Portuguese slaver Xavier Mendes de Moraes reached the Casiquiare canal5. In 1754 the governor of Maranhao and Grao Para, Francisco Xavier de Mendoca Furtado, led an expedition to map out the limits of the Upper Rio Negro. A shortage of native paddlers cut their voyage short and it is unclear how far exactly they got6. In 1784, the first maps of the Upper Rio Negro river were drawn by Manoel de Gama Lobo d’Almeida and one depicts a curious appendage called the Thomon river that may form part of the Guainia7.

An Irish Slaver
Mark Aitchison
http://www.swallowsandamazonstours.com/stories.htm

Fundou na margem esquerda do Itapicurú uma importante fazenda, “Kylrue”, dotando-a de igreja e cemitério, como prova o seu requerimento de 7 de setembro de 1769 dirigido ao Vigário Geral do Bispado, Dr. Barboza Canaes, em que pedia licença para benzer a Capela, cuja obra já se encontrava terminada, tendo oitenta palmos de cumprimento e tinta e cinco de largura, com coro, púlpito, tribunas e sacristia; toda forrada e coberta de telhas. Por despacho do Cabido de 23 de fevereiro de 1770, foi concedida licença para se celebrar o santo sacrifício da missa e mais ofícios divinos.As custas dos autos montaram a 1.003 réis. Com o correr do tempo e dos anos, ruiu este templo, já com o nome de Capela de São Patrício. Hoje ainda existem unicamente as paredes principais, e pertencem a uma das fazendas do Barão de Anajatuba.

Em 1766 ocorre a primeira exportação de arroz para a metrópole, fruto do trabalho de produção de arroz no Maranhão feita pelos lavradores José Vieira da Silva (V. Meus 6º Avós) e Lourenço Belfort.

A chegada desse arroz em Lisboa causou grande interesse como afirma Manuel Nunes Dias em sua obra “A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão”: o arroz, gênero de primeira necessidade, fora sempre em Portugal importado pelos mercadores estrangeiros que o conduziam de Veneza e Gênova(...). Logo foi reconhecida a utilidade da nova produção agrícola de excelente qualidade, superior à americana de Carolina e não lhe faltou o incentivo do mais alto grau ”

A Política Pombalina e o Maranhão no Século XVIII
Marinalva de Jesus Pinheiro Rocha e Jairo Ives de Oliveira Ponte
http://www.geocities.com/rioitapecuru/principal.html

Foi o precursor, naquela Capitania, da criação do bicho da seda, dedicando-se também em larga escala, à cultura do arroz, anil, algodão. Por ordem do Marquês de Pombal, quando ministro, vieram para o Maranhão algumas famílias com um fim de ensinar o tratamento dos bichos-da-seda e a fiação dos seus casulos. O governador Joaquim de Melo mandou plantar amoreiras, na ribeira do Itapecuru e o “mestre-de-campo” Lourenço Belfort se apressou em pedir para Lisboa grande porção de bichos-da-seda, e cuidou logo na plantação de crescido número de amoreiras nas margens do rio. Elas foram bem sucedidas por haver conseguido casar bem boa quantidade destes animais, os quais produziram alguns quintais de seda, que foi por oferecida a El-Rei Dona José, que a mandou tecer e fazer dela um vestido próprio para seu uso. Em 8 de novembro de 1760 escreveu a este respeito o governador Gonçalo Pereira Lobato e Sousa para a corte, por intermédio do Secretario de Estado Francisco Xavier de Mendonça Furtado, este período:

“A cerca das amoreiras e bichos–da–seda já a V. Excia. haverá informado o Sr. Bispo de Leiria do que vimos na fazenda de Lourenço Belfort nos princípios de agosto do ano passado, e agora o fará ele pessoalmente a V. Excia. Pois me diz passa a essa água e a purificar nela, como pátria comum, as suas inquirições vindas da Irlanda, de onde é natural, como se resolvera na Mesa de Consciência.” Terminamos este objeto declarando que à terceira geração ficaram os ovos infecundos e assim terminou-se este importante ramo de comércio. Contudo não foram esquecidos estes serviços, porque el-rei, entendendo que Lourenço Belfort, estabelecido há anos no Maranhão, tinha concorrido com grande zelo para aumento da lavoura e do comércio desta Capitania houve por bem fazer-lhe a doação de 20$ réis, dos quais lograria 12$ réis a título do hábito da ordem de Cristo (carta régia de 20 de julho de 1758). Mais tarde, em 22 de agosto de 1768, foi nomeado Mestre-de-Campo por Fernando Pereira Leite de Foios, então no Pará.

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“Logo nos primeiros tempos em que entrei a Governar este Estado, me derão noticias deque em alguns matos délle, se creavão Bixos daq Seda Sylvestres, a qual seda excedia na bondade aos que se creavão na Europa. Como isto erão vozes vagas enunca me foi possível ver nem o Bixom, nem a seda que elle produzia, não dei aquella nova todo o pezo que ella merecia. – Agora porem fiquei não só certo na verdade della, mas completamente instruído desta importantíssima matéria, a qual vou participar a Va.Exa. na mesma forma que aqui me foi prezente. – Achase na Cidade de Sã Luiz do Maranhão, cazado, e summamente bem estabelecido hum Irlandez chamado Lourenço Belfort, homem bastante instruído e summamente curioso, o qual entre outros estabelecimentos utillissimos que tem intentado e feito naquella Cidade, tem trabalhado muito pôr empraxe o da creação do Bixo da Seda, e depois fazer exactissimas diligencias sobre esta matéria, escreveu ultimamente ao Secretario deste Governo, não só dandolhe a instructiva e clara noticia de que remetto a Va.Exa. a copia, mas mandondo me amim por via Governador daquela Capitania amostra da Seda que produzem aqueles bixos, que dentro desta remetto a Va.Exa., a qual pella averiguação que faz o dito Belfort exceda na bondade em muito a da Europa. Si este homem fizer este estabelecimento. Na minha estimação renderá a Sua Magestade e ao comum de todo o Reyno, hum relevante serviço como Va.Exa. muito comprehende, e eu reputo ainda mais interessante do que se descobrisse minas de Diamantes naquele continente. – O ponto está em que não fique só em coriozidade, mas que se reduza a effeito útil, e geral a todos os moradores deste Estado, para em conseqüência a ser a todo o Reyno. Ocorrame que poderia ser muy conveniente, que sua Magestade lhe mandasse louvar ozello e prometerlhe algúas mercês se elle fizesse aquelle estabelecimento, e opozesse em termos de todos os moradores poderem trabalhar nelle, em beneficio comum não só destas terras mas do mesmo Reyno, e das mais Conquistas,Sua Magestade comtemplando altamente esta importante matéria, dará aquellas providencias que julgar mais proprias ao seu Real Serviço e ao bem comum dos seus Vassallos. Deos Guarde a V.Exa. muitos annos. Pará, 22 de Outubro de 1757.

“Correspondência dos Governadores do Pará com a Metrópole”
(Primeira Série 1752-1757,
in “Anais da Biblioteca e Arquivo Publico do Pará”,
Tomo 5º, pág.312, Pará, 1906.

Instalou ainda a primeira fábrica de atanados, na Praça do Mercado onde esteve o Teatro Público, em São Luiz. Foi proprietário da mais antiga casa comercial, de 1756, no Largo do Carmo, em São Luis.

“Este interesse foi perseguido pelo Marquês de Pombal (1755-77), primeiro-ministro esclarecido, com sua política mercantilista, que favorecia a produção industrializada de algodão e arroz. A mais antiga casa comercial, datada de 1756, no Largo do Carmo, pertencia a seu amigo Laurent Belfort, um capitalista irlandês que introduziu maquinário agrícola nos arrozais, para a exportação.”

O Desenvolvimento da Capital Marítima
Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Maranhão

Foi proprietário de um Solar no Largo do Carmo em São Luís, que faz parte do Roteiro Turístico de São Luís e fica na Rua Formosa:

“O claustro indígena virou sobrado português. Na esquina do beco do Quebra Costa com a praça João Lisboa, um prédio de três andares com a placa: Hotel Ribamar, revela que o concreto conta história. O hotel Ribamar era casa dos Belford, família rica metida em pecuária e lavoura no século XVIII, época de ouro para São Luís. Em 1756, Lourenço Belford mandou erguer o sobrado, com fachada coberta de azulejos verdes e janelas de madeira. Logo, recebeu o título de Solar, chamavam-se assim os sobrados nobres, com mais de dois andares.. Era uma aventura de engenharia construir prédios de até três andares em pleno século XVIII, explica o historiador Mário Meirelles, professor da Universidade Federal do Maranhão. No século XIX, a morada dos Belford passou para o Barão de Coroatá, que logo o vendeu ao jornalista Vitor Lobato. Virou, então, redação do jornal Maranhense. A Pacotilha. Agora é hotel de janelas trêmulas, muito sujo, com diária de R$ 6,00. Quase um cortiço com moradores fixos como Eliane, que divide com o marido um pequeno quarto. O prédio pertence ao alemão Hans Peter. Ele morre de ciúmes do hotel. É histórico, diz Eliane Batosta, sem saber que o Ribamar é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional, o IPHAN.”

Revista Expresso – Portugal – 11/9/1999 – Lisboa Equatorial


Atraiu imigrantes e homens de negócios. O Marquês de Pombal protegeu-a de todos os modos. O seu sobrinho, Melo e Póvoas, foi governador da província, e o amigo Laurent Belfort, capitalista irlandês, construiu para si a mais bela casa no Largo do Carmo e introduziu máquinas modernas na produção de arroz.

Revista Expresso – Portugal –Lisboa Equatorial

Foi dono de muitas sesmarias no Maranhão:

Há registros de que outras (sesmarias) foram doadas a: Lourenço Belfort, em 1768, no lugar Enseada das Canoas. Itapecuru – Águas que correm entre pedras

http://www.geocities.com/rioitapecuru/principal.html

Construiu uma Igreja em honra de São Patrick na sua Fazenda:

The first recorded Saint Patrick's Day celebration was on 17 March 1770 at a church built in honour of the saint by Lancelot Belfort (1708-1775). The church was located on his estate, known as Kilrue, beside the Itapecurú River in the state of Maranhão in northern Brazil.

http://www.irlandeses.org/brazil.htm

Foram tais as suas atividades no mundo dos negócios, que um poeta anônimo maranhense lhe dedicou os versos seguintes:

Ainda se praticou outro projeto,
Por fazer a lavoura mais rendosa,
Fazendo vir da Europa aquele insecto,
Que fia a rica seda preciosa:
Altissimas palmeiras
Dão lugar as frondosas amoreiras,
Que dão pasto agradavel
Ao frondifero povo innumeravel
Porem o clima d’esta zona ardente,
N’uma reprodução continuada.
Atenua prolifica semente
E nunca pôde ser climatisada:
Só uma porção fia,
Que à Capital Lusitana envia,
De que o Rei entendido,
Para honrar o autor, faz um vestido.

*Os dados foram extraídos do Artigo “A Casa de Belfort no Brasil”,
publicado pela Revista do Instituto Heráldico e Genealógico, No. 9, de 1942,
e digitalizados pelo Genealogista Sérgio Freitas.

Houve alguns acréscimos com base em pesquisas com as fontes indicadas
Anamaria Nunes



Luiz Antonio Vieira da Silva

Visconde com Honras de Grandeza de Vieira da Silva

Dados Biográficos
Nascido em Fortaleza, no Ceará, em 2 de Outubro de 1828. Falecido no Rio de Janeiro em 3 de Novembro de 1889.

Árvore de Costados

Filho do Ministro e Conselheiro do Império, Joaquim Vieira da Silva e Sousa e de Dona Columba de Santo Antonio de Sousa Gayoso. Neto paterno do Brigadeiro Luiz Antonio Vieira da Silva e de Dona Maria Clara Gomes de Sousa. Neto materno do Tenente Coronel Raymundo José de Souza Gayoso e de Dona Ana Rita Gomes de Sousa.


Foro de Fidalgo


Em 6 de Maio de 1861 teve mercê de Fidalgo Cavaleiro.

Hei por bem Fazer Mercê do Foro de Fidalgo Cavalheiro da Minha Imperial Caza ao Doutor Luiz Antonio Vieira da Silva, filho legítimo do Conselheiro Joaquim Vieira da Silva e Souza. Palácio do Rio de Janeiro em quatro de setembro de mil oitocentos e sessenta, trigésimo nono da Independência e do Império. Com a Rubrica de Sua Magestade o Imperador. João Almeida Pereira Filho. Rio de Janeiro, Ministério dos Negócios do Império em 6 de maio de 1861.

O Título de Fidalgo
Rio de Janeiro, Ministério dos Negócios do Império em 6 de maio de 1861.

Transmito para V.E., para seo conhecimento e expedição do competente Título, a inclusa cópia do Decreto de 4 de setembro do anno (...) passado, pelo qual Sua Magestade o Imperador Houve por bem Fazer Mercê do Foro de Fidalgo da Sua Imperial Caza ao Dr. Luiz Antonio Vieira da Silva, filho legítimo do Conselheiro Joaquim Vieira da Silva e Souza. Deus guarde a V.E. José Antonio Brauin. Paulo Barboza da Silva. Cumpra-se e registra-se. Paço em 10 de maio de 1861. P. Barboza.



Grande do Império


Foi agraciado com o Título de Grande do Império, em decreto de 5 de janeiro de 1889.



Distinções


Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa.


Ministérios
Ministro da Marinha de Sua Majestade em 1888.
Ministro da Guerra para 35ª Gabinete de 10 de março de 1888.



Conselheiro do Império
Conselheiro de Sua Majestade.



Casa Imperial

Moço Fidalgo da Casa Imperial.



A Lei Áurea


Foi o portador da Lei Áurea para a Princesa Isabel promover a sanção cuja lei libertava definitivamente todos os escravos brasileiros.


Presente do Imperador
No catálogo do Leiloeiro Dutra consta um pires de porcelana, aba delimitada por largo friso dourado. No centro a legenda: Richard White to L.A. Vieira da Silva, pertencente a Luis Vieira da Silva. No reverso, a marca KPM. Alemanha, Século XIX.

Há uma outrapeça idêntica no Acervo da Biblioteca Nacional.



Formação Intelectual

Fez os primeiros estudos no Rio de Janeiro e formou-se em Direito pela Universidade de Heidelberg, em 1849, no Grão-Ducado de Baden, Alemanha.



Vida Política


Deputado Provincial pelo Maranhão, 11ª Legislatura 1860-1861.
Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Maranhão 1867-1868.
Deputado à Assembléia Geral pelo Maranhão, 14ª Legislatura - 1869-1871.
Senador do Império pelo Maranhão, de 1871 a 1889.



Presidente de Província


Presidente da Província do Piauí 1869-1870.
Presidente da Província do Maranhão de 17.01 a 02.02.1876.
1º Vice-Presidente da Província do Maranhão em 1875.



Historiador


Deixou obra de relevância, sendo sempre citado, sobretudo, em trabalhos sobre o Maranhão.

Trabalhos Publicados
História interna do Direito Romano - 1854.
História da independência da província do Maranhão - 1862.
Questão religiosa (discurso) - 1873.
Voto de graças (discurso) - 1847.
Força naval (discurso) - 1888.
A ciganinha do norte (poesias) - 1854.



Grão Mestre da Maçonaria Brasileira

Soberano Grande Comendador da Maçonaria.



Homenagem
Segundo o atual venerável-mestre, Michel Gattás, a maior delas foi a construção da Escola Vieira da Silva:


“Foi a primeira escola noturna de alfabetização de adultos do Brasil”. A escola, inaugurada no dia 3 de julho de 1887, funcionou até 1998 quando foi incorporada ao Centro Integrado Saturnina de Carvalho, no prédio do antigo Instituto Progresso. De acordo com Michel Gattás, a escola recebeu o nome em homenagem ao conselheiro e visconde Dr. Luis Antônio Vieira da Silva, na época, grão-mestre da Maçonaria Brasileira e Ministro da Marinha do Gabinete Ministerial.

Proprietário
Segundo o Almanak Laemmert, de 1846, à Página 301, era proprietário do Patacho “Santo Antonio Triumpho da Liberdade”.


Banqueiro
Li em algum lugar que o Visconde era banqueiro, mas não me lembro da fonte.


Casamentos
Casado, em 1ª Núpcias, em 3 de Março de 1851, com sua prima em 2º grau, Dona Maria Gertrudes Gomes de Sousa, filha do Major Ignácio José Gomes de Sousa e de Dona Antonia Carneiro de Brito e Sousa, nascida em 15 de Julho de 1833, em São Luís, e falecida em 24 de Novembro de 1853. Sem Geração.


Casado, em 2ª Núpcias, em 20 de Abril de 1855, com sua parenta Dona Maria Gertrudes da Motta Azevedo Correa, Viscondessa de Vieira da Silva, nascida em 1836, e falecida em 6 de Novembro de 1911, filha do Conselheiro Joaquim da Mota de Azevedo Corrêa e de Dona Maria Gertrudes de Azevedo Corrêa.


Foram Pais de:


1. Maria Gertrudes Vieira da Silva


Nascida em 27 de Março de 1856, em São Luís.
Casada com seu primo irmão, Dr. João Henrique Vieira da Silva, Advogado no Rio de Janeiro. Com Geração.


2. João Vieira da Silva


3. Raymundo José Vieira da Silva


Advogado. Nascido por volta de 1858, em São Luís. Moço Fidalgo da Casa Imperial.
Governador da Província do Espírito Santo.
Governador da Província do Piauí de 26 de Setembro de 1888 a 27 de Junho de 1889.
Fundador da Academia Maranhense de Letras.


4. Helena Vieira da Silva.


Nascida em 1867, em Caxias, Maranhão. Era solteira e vivia no Rio de Janeiro.


5. Maria José Vieira da Silva


Nascida em 9 de Novembro de 1869, em Caxias, Maranhão. Falecida em 13 de Julho de 1891, em Caxias, Maranhão. Casada, em Julho de 1886, com Dr. Tito Joaquim de Lemos, Magistrado, nascido em 13 de Fevereiro de 1859 e falecido em 10 de Agosto de 1939, em Campinas, filho de Tito Joaquim de Lemos e de Dona Constantina Pereira Lima. Com Geração.


Cândido Borges Monteiro

Barão e Visconde com Honras de Grandeza de Itaúna

Elegia
Discurso pronunciado perante o Imperador na Academia Imperial de Medicina em 30 de Junho de 1873 sobre Cândido Borges Monteiro por Dr. Luiz Correa de Azevedo:

No dia 19 de outubro do anno de 1812, nesta cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em uma casa ao Becco das Cancellas, nasceu Cândido Borges Monteiro, filho do capitão de milícia José Borges Monteiro e de sua mulher Gertrudes Maria da Conceição, família honestíssima e de poucos meios. Cândido Borges foi baptizado na Freguesia da Candelária.
Logo cedo entrou para Escola do Professor Campos, ao becco do Cotovelo, onde lhe forão ensinados os rudimentos das primeiras letras; o que feito seu pai, o põe como caixeiro na sua casa de negócio, por isso que fortuna não tinha para dar-lhe uma carreira que demandasse gastos em instrucção. Nulla, porém, era a aptidão do menino caixeiro, que, além do amostrador entrevia um mundo mais cheio de emoções. Um amigo de seu pai, negociante também, conhecendo nelle vocação e desejos, ensinava-lhe a língua francesa, e elle a aprendia com notável facilidade. Não satisfeito com isto, consagrava as suas noites e os dias de descanso a leitura de livros instructivos. E como nada, obstáculo nenhum se póde opor á vocação de uma intelligencia, havia adquirido tal cabedal de instrução, que já em 1827 se achava matriculado na Academia Medico-Cirúrgica, depois Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual estudou até 1834, com notável superioridade, havendo passado seus exames sempre de uma maneira honrosa e brilhante. A 17 de dezembro de 1834 recebeu o gráo, havendo já em 1833, sido nomeado Lente Substituto por decreto de 10 de junho, depois de haver com mestria sustentado sua these sobre Hérnias. Cinco annos mais tarde, em 1838, já era provido na Cadeira de Operações e de Anatomia Topographica havendo versado sua these sobre Torsão das Artérias, o que lhe valeu, com justiça, uma grande reputação.

Este é, pois, o período de sua vida onde tudo induzia a crêr que aquelle Professor estava reservada uma pagina brilhante nos fatos da historia dos homens ilustres deste Império. A Escola de Medicina o saudava como um de seus mais abalizados operadores; e fora tão longe na ousadia de seu genio investigador, teve tal confiança na experiência que lhe guiava o bisturi, que entrou na liça cirúrgica sobre a proficuidade da ligadura da aorto abdominal. Elle a praticou com mão de mestre; e de tudo deu conta em uma Memória, que correu mundo, e lhe valeu vasta e erudita discussão sobre o assumpto, havendo recebido, por essa ocasião, diplomas de membro correspondente de algumas Sociedades Medico- Cirúrgicas- E o Visconde de Itaúna fôra espiritualista, fôra um grande pensador, homem a quem a fácil e lúcida comprehensão permitia desvendar arcanos e conquistar o saber. E se o mundo além tivesse a generosidade de assignalar menos pátria ao saber, houvea sem duvida , lembrado mais universalmente o nome deste ilustre professor brasileiro, que havia tido a coragem de ilustrar sua intelligencia nos hospitaes de seu paiz e nas lições de todos os que escrevem o que sabem e o que fazem.

Estes louros conquistados a sós, em terra onde pouco valor tem o saber, são, sem duvida, mais dignos, mais dificilmente obtidos, do que ahi, onde as sociedades e as academias fórmão arbitrariamente reputações de convenção.

João Alves Carneiro, Manoel Feliciano e tantos outros doutos, fazem parte dessa phalange ousada de exploradores das Sciencias, armados cavalleiros á beira de suas bancas de estudo e autorisados por suas inspirações e sua coragem. E isto só pelo facto de fallar-se uma língua latina puríssima, oriunda de um povo que deu a humanidade com mão pródiga exemplos de honra, de valores e independência, e também esses mundos que engrandecerão a terra e alárgarão os horizontes da humanidade! Pois bem, nesta língua, menos prezada, mas que em todos os continentes ainda attesta que ella fomára gentes remotas e fundará em regiões longínquas sociedades chistãs, nesta querida língua de nossos pais e de nossa terra, diga-se ao mundo que ignora o que foi o Professor Candido Borges Monteiro, de saudosa memória.

Completando no anno de 1858 vinte e cinco annos de magistério, recebeu elle a 28 de agosto desse anno permissão para continuar a leccionar, o que ambicionava e para o que suas forças havião centuplicado, dando-lhe aquella autoridade e segurança que todos admirávamos.

Qual de nós se não lembra daquella sua digna attitude, daquella sua dicção correta, daquella exposição fluente, clara e positiva regendo a sua cadeira? No auditório de seus discípulos reinava o mais completo silencio; em cada uma de suas phrases eloqüentes o estudo apurado e sério que fazia a sciencia.

Tanto ahi nessa cadeira onde honrava e ilustrava, como no exercício de sua profissão, era o Professor Cândido Borges um homem superior. Todos nós nos recordamos daquella lamentável catatrophe, no de 1845, por occasião da explosão da barca a vapor Especuladora, ao largar da ponte de Nitheroy, cheia de passageiros. Muitos forão as victimas, horendas e extensas as contusões e queimaduras, e cheias desses doentes ficarão as enfermarias da Santa Casa da Misericórdia. Que então estavão á cargo do distincto cirurgião. O zelo, a intelligencia, a presteza e o inalterável sangue- frio do Professor Candido Borges Monteiro conseguirão salvar muitos no meio daqulla terrível agglomeração de gente a gritar de dôres cruciantes de que sofria. Elle provou então eloquentemente. Como quando a medicina não consegue curar, sabe contudo consolar e alliviar.

A tão assignalados serviços, no magistério e no exercício da profissão, correspondeu também a munificencia Imperial, sendo nomeado em 1846 medico Imperial da Câmara.
Em 1861 foi jubilado com vencimento por inteiro, na forma dos Estatutos da Faculdade de Medicina. Em 1851, possuindo a mais plena confiança em seu saber profissional o Excelso Monarcha do Brazil, foi o Professor Candido Borges nomeado privativo, conjunctamente com o Barão de Petrópolis, das Augustas Princesas a Sra.D. Isabel e D. Leopoldina, de saudosa memória, e do Príncipe o Sr. D. Pedro, servindo n qualidade de parteiro de S. M. a Imperatriz, de Phisico-Mor por occasião do baptisado desses Príncipes.

Em 1848 foi eleito vereador da Camara Municipal, cuja presidência assumio por morte de Gabriel Getulio de Mendonça; logo depois teve assento como deputado á Assembléa Provincial do Rio de Janeiro; em 1827 foi escolhido Senador do Império pela mesma Provincia do Rio de Janeiro.

A independência de seu caracter e a gravidade que dava a todas as suas opiniões o levárão na Camara,em 1853, a erguer a voz em favor da senatoria do Visconde de Souza Franco, seu adversário político, e que então era também deputado.

O seu titulo e Conselho teve-o em 1861, quando havia completado os seu 25 annos de magistério.

Acompanhou S. A. a Sra. D. Leopoldina, de saudosa memória, e o Sr. Duque de Saxe á Europa, sendo nomeado em sua volta á pátria Barão de Itaúna. Como parteiro de S. Alteza assistio ao nascimento de quatro Príncipes, tenros e caros rebentões daquella illustre Princeza, que recordárão no futuro as virtudes de sua Augusta Mãe, sendo hoje os queridos penhores daquella illustre mocidade fadada ao tumulo cedo de mais para seus Augustos pais e este povo do Brazil, que a adoravão.

Em sua estada na Europa, para que aquella robusta intelligencia não ficasse desocupada, applicou-se com perseverança ao estudo da ophatamologia nos principaes Hospitaes de Vienna d’Austria, e o talento que lhe abrilhantava os mais generosos impulsos dera-lhe nessa especialidade cabedal de sobejo para honrar nome brazileiro, já por muitos professores estrangeiros admirado e acatado, e que havião assistido a varias operações cirúrgicas por elle praticadas. Ao voltar á pátria, teve desejos de abrir consultoria nesta cidade para ahi dar em abundancia aos necessitados da saúde e da vista tudo quanto o seu generoso saber iluminava; fôra-lhe recusado por causas mil que inflenciárão os actos resolvidos de sua vida pratica.

Quando se há resolvido tantos problemas do saher humano, quando a probidade e o vigor do caracter mais engrandecem um sábio votado ao amor de sua pátria, nenhum homem se pertence_ e um vulto nacional_ é um servidor do Estado, prompto sempre á voz da lei que lhe determina os passos.

Por isso, em 1868, no Ministério do fallecido Visconde de Itaborahi, de saudosa memória, aceitou o pesado encargo de Presidente da Província de S. Paulo. O que foi elle então, como chefe de uma Província, diga-o a consciência pública, no dia em que as phosphorescencias da oposição em política desapparecerem, e deixarem vêr em campo limpo a verdade allumiando os vultos dos cultores conscienciosos da lei, da ordem da retidão de caracter.

Em 1871 acompanhou o Ilustre Monarcha do Brazil e sua Augusta esposa, a nossa adorada Imperatriz, em sua excursão aos paizes da Europa como seu medico, sendo nomeado Visconde de Itaúna na sua volta á Côrte, premio da dedicação e do zelo que era dotado no desempenho dos seus sltos deveres.

Convem porém dize-lo que o Sr. D.Pedro II mais do que um Viscondado lhe havia concedido, por quanto lhe votava estima e amizade particular, sem duvida, premio de subido valor, e que em minutos affectuosos lhe pagava com alta generosidade os dissabores sem numero de um caracter votado aos serviços da pátria. Presente magnânimo daquelle que o faz e que honra o que recebe, acoroçoando-o a commetimento cada vez mais generosos da philosophia da vida. M
as estava escripto no livro dos destinos, que o condor sul-americano se erguia ás altas regiões do Brazil,e, depois de haver mirado em torno nas camadas elevadas do infinito, fixaria um ponto na posteridade; e depois... desprenderia o seu vôo melancólico, ma s rápido, para o fundo de uma immensidade desconhecida _ a eternidade.

Em 1872 fôra nomeado Ministro da Agricultura, Obras Publicas e Commercio. Este Ministério, que fôra sua ultima gloria na terra, onde gastára incessantemente o viço de uma vida curvada a fadigas mil, fornecera-lhe o derradeiro acto de sua extrema dedicação.

Já quase extincta nelle a vida reclámara a pasta que viera da Secretaria, e nella escolhendo entre Decretos aquelle mais digno de sua ultima attenção, appuzera seu nome ao que concedia o estabelecimento do cabo telegraphico submarino, que deve unir pela rapidez da palavra a Europa a América do Sul. “Ao menos este, exclamou elle, levará meu nome!”

Renda o mundo ingrato e indifferente ao Ministro deste Império o que provavelmente a inveja conseguia ás vezes occultar, e dê-se ao Visconde de Itaúna o lugar de honra que lhe compete por todos aquelles grandes merecimentos, que sucessivamente os vários períodos de sua vida forão apresentados á admiração Nacional.

Se os serviços da epidemia de 1850, que lhe valêrão a Commenda de Nosso Senhor Jesus Christo, se como 1º Cirurgião do Hospital, por ocasião da cholera- morbus lhe coube, seus grandes préstimos, ser condecorado com a Dignataria Ordem da Rosa; se as Grãs- Cruzes de Christo e da Conceição com que o condecorou Portugal; se a Grã- Cruz da Ordem Ernestina da Casa Ducal da Saxonia e da Corôa do Ferro da Áustria; se o ser membro do Instituto Histórico Geográphico Brazileiro e membro também de varias associações scientificas da Europa _ não bastão para provar o conceito em que o Brazil e o Velho Mundo tinhão o fallecido Visconde de Itaúna; então apelle cada um de nós para sua consciência, e sinta como é doída esta saudade feita pelo vácuo que entre nós elle deixa, elle que sabia ser um grande Brazileiro, um grande medico, um grande professor, optimo amigo e pai de família extremoso e dedicado.

A Academia Imperial de Medicina envia neste dia um voto de dôr a pátria, que perdeu um filho dedicado _ á humanidade que sofre, um medico que lhe alliviava os sofrimentos _ a sua viúva, a Sr. Viscondessa de Itaúna ;um esposo digno e zeloso_ a seus filhos , um pai modelo, um gigante de caracter e um molde de patriotismo _ a medicina do Brazil, um medico cheio de zelo pela causa dos sofrimentos, intelligentíssimo e de saber consumado.

O Visconde de Itaúna deixa 8 filhos, dos quaes 4 varões e 4 senhoras.
Seus netos sobem já ao numero de 24.

Eis a sua descendência, os rebentões que entrega a pátria. Permitta Deus, que do seu estremecido seio, daquelles filhos e netos se formem homens que honrem o nome do Visconde de Itaúna, e que sejão os sucessores de todos os dons que a natureza lhe outorgou.

Arquivo Nacional
Pesquisa de Ana Carolina Nunes
Dados Biográficos
Nascido em 12 de Outubro de 1812, no Rio de Janeiro.
Falecido em 25 de Agosto de 1872, no Rio de Janeiro.
Árvore de Costados
Filho do Capitão de Milícias José Borges Monteiro e de Dona Gertrudes Maria da Conceição. Neto paterno de Manuel Borges Monteiro e de Dona Maria Vaz. Neto materno do Sargento Mor João Antonio Teixeira e de Dona Josefa Maria Cândida. Bisneto paterno de Caetano Borges e de Dona Joana Monteiro.
Títulos Nobiliárquicos
Barão de Itaúna por decreto de 7 de Outubro de 1867, por mercê de Dom Pedro II.
Visconde de Itaúna por decreto de 10 de Julho de 1872, por mercê de Dom Pedro II.
Brasão de Armas
Escudo esquartelado: no primeiro, as Armas dos Borges, de golés, um leão de ouro batalhante, armado de preto, e uma bordadura de azul semeados de dez flores de lis de ouro; no segundo, as armas dos Monteiros, de prata, com três buzinas de preto em roquete, com bocas de ouro e cordões vermelhos, e assim os contrários. Coroa: a de conde.
Distinções
Comendador da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo
Pelos serviços prestados na epidemia de 1850.
Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa
Pelos serviços prestados por ocasião da cholera- morbus
Condecorado com honras de Oficial Mor
Grã-Cruz de Nossa Senhora da Conceição Vila Viçosa de Portugal
Comendador da Coroa de Ferro da Áustria
Comendador da Ordem Ducal Ernestina da Saxônia
Grã-Cruz da Ordem de Cristo de Portugal
Oficial-Mor da Casa Imperial do Conselho de Sua Majestade
Casa Imperial
Médico Privativo da Princesa Isabel, de Dona Leopoldina e de Dom Pedro II
Em 1851, foi nomeado privativo, servindo na qualidade de parteiro da Imperatriz e
Phisico-Mor dos Príncipes. Como parteiro de Sua Alteza assistiu ao nascimento de quatro príncipes e da Princesa Isabel. E trouxe à luz quatro filhos da Princesa Isabel.
Médico da Imperial Câmara
Nomeado em 1846, Médico da Imperial Câmara.
Viagens com a Família Imperial
Fez a 1ª viagem com a Família Imperial acompanhando a Imperatriz Dona Leopoldina e o Duque de Saxe, sendo nomeado em sua volta Barão de Itaúna. Durante a viagem, aplicou-se no estudo de Oftalmologia nos principais hospitais de Viena.

Em 1871, faz a 2ª viagem à Europa com o Imperador e a Imperatriz, seguindo para o Oriente, sendo nomeado Visconde de Itaúna como prêmio pela dedicação.

Amigo do Imperador
Com a convivência tornou-se amigo de Dom Pedro II
Convem porém dize-lo que o Sr. D.Pedro II mais do que um Viscondado lhe havia concedido, por quanto lhe votava estima e amizade particular, sem duvida, premio de subido valor, e que em minutos affectuosos lhe pagava com alta generosidade os dissabores sem numero de um caracter votado aos serviços da pátria. Presente magnânimo daquelle que o faz e que honra o que recebe, acoroçoando-o a commetimento cada vez mais generosos da philosophia da vida.

"Visitada a Europa, D. Pedro II seguiu para o Oriente. Sobretudo o Egito, com as múmias e as suas pirâmides, parecia atraí-lo. E ao chegar em Alexandria, em 28 de outubro, recebeu a notícia de que, justamente um mês antes, o Senado aprovara a sonhada reforma. Jubiloso, ele abraçou Itaúna, e pediu-lhe que escrevesse a Rio Branco: “Diga-lhe mais que o considero como o meu homem, em que deposito toda a confiança e esperança que posso ter, nutrindo a crença de que ele não me abandonará no muito que temos a fazer.'
Por último, Itaúna acentuava: 'Nunca tenho visto o Imperador entregue a tão violenta expansão.' (14) Observação exata, pois Sua Majestade raramente mostrava a alma; costumava trazê-la discretamente fechada."
"A Vida do Barão do Rio Branco"
Luiz Viana Filho"
Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1959.
Anamaria, eu tinha a lembrança de recentemente ter lido sobre esse mesmo episódio de Alexandria
e, assim, voltei a um livro que andei relendo recentemente, na busca de um Parnhos, de ineresse de uma Geneal. E lá está. José Murilo não fez, aparentemente, pesquisa primária, sendo assim o crédito da pesquisa documental de Luiz Viana Filho. Aliás, o cap. 14, "O bolsinho imperial" é calcado na pesquisa primária do Papai (Guilherme Auler), cujo livrinho "Bolsistas do Imperador" é indicado como leitura complementar a "D. Pedro II".
Com o abraço do
Pedro Auler
Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ
Formação Intelectual
Fez as primeiras letras na Escola do Professor Campos, no Beco do Cotovelo.
Estudou francês com um negociante, amigo do seu pai.

Matriculado em 1827, na Academia Médico-Cirúrgica.
Doutor em Medicina pela antiga Escola Médico-Cirúrgica em 1834.
Magistério Superior
Em 1833, antes mesmo de se formar, foi nomeado Lente Substituto por decreto de 10 de Junho, depois ter sustentado sua tese sobre Hérnias. Em 1838 foi provido na Cadeira de Operações e de Anatomia Topográfica, havendo versado sua tese sobre Torsão das Artérias. Em 1858, com 25 anos de Magistério, recebeu em 28 de Agosto permissão para continuar a lecionar. Em 1861 foi jubilado com vencimento integral, na forma dos Estatutos da Faculdade de Medicina.

Institutos e Academias
Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Membro Honorário da Academia Imperial de Medicina
Trabalhos Publicados
Da Amputação Circular pela Continuidade da Coxa, meios empregados para vedar a hemorragia e maneira de fazer o curativo, Tese.

Considerações Gerais sobre Hérnias Abdominais e da Hérnia Inguinal, em particular:
Tese Apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro para concurso a um lugar de
Substituto da Seção Cirúrgica. Rio De Janeiro, 1833.

Para o concurso do Lugar de Lente de Anatomia Topográfica, Medicina Operatória e Aparelhos. Rio De Janeiro, 1838.

Queimaduras: Lições Orais de Clínica Cirúrgica,
Feitas a 27 de Julho e 12 de outubro de 1844.
In Arquivo Médico Brasileiro, Tomo I, Pp. 16/21 e 58/65.
Resumo Estatístico da Clínica Cirúrgica da Escola de Medicina.
Na explosão da barca a vapor Especuladora, em 1845, era o responsável pelas enfermarias da Santa Casa de Misericórdia.
Pioneiro
Em 1842, no Rio de Janeiro, fez uma ligadura da aorta abdominal.
Ministro do Império
Ministro do Império da pasta de Agricultura, Comércio e Obras Públicas no 25º Gabinete de 1871, gestão de 7 de março de 1871 a 20 de abril de 1872, cargo em que faleceu.
Vida Política
Vereador - 1848 a 1851
“Proliferavam os charlatães, tanto na sua produção quanto na sua comercialização, contra os quais médicos e políticos lutavam incessantemente, sem muito sucesso. Bradando em discurso à Câmara Municipal, em 24 de julho de 1849, o vereador Cândido Borges Monteiro denunciava, pedindo as medidas punitivas cabíveis (Machado et al., 1978, p. 223):” "Senhores, a par dos charlatães que infestam o país, outros especuladores enchem todos os dias os jornais com pomposos anúncios acerca de remédios, cuja eficácia, uma vez demonstrada e admitida, provada ficaria a imortalidade do homem."
Humores e Odores:
Ordem Corporal e Ordem Social no Rio de Janeiro, Século XIX.
Tania Andrade Lima - Volume II (3)

Deputado Geral
1853 a 1853 e de 1854 a 1856
Senador do Império
1857 a 1872
Presidente de Província

Em 27 de Agosto de 1868 foi nomeado o 35º Presidente da Província de São Paulo.
Eleitor
Eleitor em São Gonçalo, como Barão de Itaúna
em 1870 e em 1873.
Cargos Públicos
Segundo o Almanak Laemmert, de 1872, à Página 298, era integrante do Corpo de Saúde do Exército, reformado, nomeado como Alferes Senador Doutor Barão de Itaúna.

Padrinho
No primeiro verão imperial em Petrópolis, o Dr. Cândido de Borges Monteiro, médico da Imperial Câmara e depois Visconde de Itaúna foi padrinho de um filho de colono, em cerimônia religiosa, em 23 de Janeiro de 1848, a que estiveram presentes o Imperador e a Imperatriz. D. Pedro II e Dona Teresa Cristina foram padrinhos de Pedro, filho do colono Francisco Xavier (Franz Xaver) Bumb e Anna Barbara Rusch (freguesida de S. Pedro de Alcântara, Lº 1, fls. 10). Dr. Cândido e Domitilia Francisca Madeira de Abreu Brandão, mais tarde Dama da Imperatriz, foram padrinhos de Francisca, filha do colono Pedro (Peter) Blaeser e Margarida (Margareta) Wendel (freguesida de S. Pedro de Alcântara, Lº 1, fls. 10-v). Vale observar que os afilhados receberam os prenomes dos padrinhos.
Pedro Auler
Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ


Necrológio das Casas Titulares
Quando do seu falecimento foi homenageado por
Discurso do Secretário Geral da Academia Imperial de Medicina, o Sr. Dr. Luis Vicente de Simoni, e pelo Discurso pronunciado perante o Imperador na Academia Imperial de Medicina, em 30 de Junho de 1873, pelo
Dr. Luiz Correa de Azevedo.

Casamento
Casado, em 23 de março de 1833, no Rio de Janeiro (Candelária, Livro 9º, Fls. 179) com Dona Joana Maria do Nascimento, Viscondessa com Honras de Grandeza de Itaúna, filha de Francisco José Vicente e de Ana Maria do Espírito Santo, nascida e falecida no Rio de Janeiro em 16 de junho de 1896.

Certidão de Casamento
Livro 9 de Casamentos, (de 1809 a 1837), folha 179: Aos vinte e tres dias do mês de Março de mil oito centos e trinta e tres annos, na Freguezia do Engenho Velho pelas cinco horas da tarde, com Provisão do Illustríssimo e Reverendíssimo Vigario Capitular, sede Vaticante, depois de feitas as diligências de estillo. Sem impedimento algum, e tomados os seos Depoimentos verbaes, em presença do Revrndo. Vigário da dita Freguezia, de licença do Reverendo Parocho desta, e em presença das Testemunhas Antonio Teixeira da Cunha e José Ignacio da Silva se (ilegível) recebeu em Matrimônio por palavras depresente, na forma do Sagrado Concílio de Tridentino, e Constituição que rege este Bispado, Candido Borges Monteiro, filho legítimo de José Borges Monteiro e de Gertrudes Maria da Conceição, natural e baptizado nesta Freguezia, com Dona Joana Maria do Nascimento, filha legítima de Francisco José Vicente e de Anna Maria do Espírito Santo, natural e baptizada na Freguezia do Engenho Velho; e não receberão as Bênçãos Nupciaes, por ser em tempo prohibido; o que tudo me constou por Certidão do dito Vigário do Engenho Velho, de que fiz este assento que o assignei. O Coadjutor Sebastião dos Reis Saraiva.

Rio de Janeiro, Igreja da Candelária,
Anuário Genealógico 5
Salvador Moya

Foram Pais de:
1. José Borges Monteiro.
Batizado em 19 de Maio de 1834, no Rio de Janeiro.
Falecido em 23 de Maio de 1836, no Rio de Janeiro.
2. Cândido Borges Monteiro Jr.
Médico Cirurgião
Nascido em 1 de Maio de 1835, no Rio de Janeiro
Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa
Moço Fidalgo da Casa Imperial
Adido da Diretoria Geral de Tomada de Contas do Ministério de Negócios da Fazenda
Verbete do Sacramento Blake
Casado com Dona Carlota Albelina de Jesus Monteiro.
Com Geração.
3. Carolina Augusta Borges Monteiro
Nascida em 7 de Abril de 1838, Rio de Janeiro. Falecida em Fevereiro de 1929.
Casada, em 11 de Novembro de 1856, no Rio de Janeiro, com Dr. Luiz Augusto da Silva Brandão, filho do médico Dr. José da Silva Brandão e de Dona Custódia Maria de Aguiar. (V. Meus 4º Avós)
Com Geração
4. José Augusto Borges Monteiro
Nascido em 9 de Outubro de 1839, no Rio de Janeiro.
Casado, em 30 de Maio de 1862, com Dona Graciosa d´Iriost Oxoby, nascida em Montevidéu,
filha de Pedro d´Iriost Oxoby e de Dona Margarida.
Com Geração
5. Carlos Borges Monteiro
Advogado
Nascido em 1º de Março de 1841, no Rio de Janeiro.
Com Geração
6. Luiz Borges Monteiro
Nascido em 19 de Outubro de 1843, no Rio de Janeiro.
7. Thereza Cristina Borges Monteiro
Casada com Luiz Henrique Pereira Campos, falecido em 1903.
Sem Geração.
8. Joana Borges Monteiro
Nascida em 13 de Abril de 1850. Falecida em 13 de Novembro de 1932.
Casada com Dr. João Batista de Morais.
Com Geração.
“Anuário Genealógico Brasileiro, IV, 1942”.
Salvador Moya